segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Minhas vontades

O calor da tarde era insuportável e o seco em minha garganta me incomodava ainda mais. Minhas pernas estava cedendo ao cansaço e meu corpo suplicava por descanso. Não poderia parar agora, eu não devia. Não teria vindo de tão longe atrás daquilo que meu corpo e minha alma- agora exaustas- queriam tanto encontrar. Continuei caminhando sobre aquela terra seca que a cada passo que eu dava, formava uma nuvem de poeira enorme atrás de mim.
Tinha sede, fome, sono... parecia que quanto mais pensava em minhas necessidades, mais necessidades me apareciam. É isso, quanto mais meu corpo se tornava fraco, mais a fraqueza me alcançava.

Até que ponto seria eu capaz de suportar uma dor, ou uma vontade tão grande que nem eu mesma conseguisse controlá-la? Se eu continuasse seguindo, mas dessa vez deixasse apenas minha carne me guiar, com toda a certeza não duraria muito. A carne é fraca, é frágil e se entrega facilmente. Não mede conseqüências, não pensa no futuro, apenas vive o presente.
Em várias situações da minha vida, deixei a carne me conduzir a uma escolha ou me fazer tomar uma decisão, mas todas as vezes que a fiz sem pensar, não tive os melhores resultados.
Depois de várias tentativas em vão, finalmente percebi que não poderia deixar uma simples vontade ou desejo tomar conta de mim e de minhas ações. Me manter firme era a escolha certa, mesmo quando a necessidade é grande demais, e só me deixar levar quando minha mente me disser que não há problema em matar uma vontade de vez em quando...



Nenhum comentário:

Postar um comentário